sábado, 11 de outubro de 2008

Entrevista - Flaviano Monteiro


O MOSSOROENSEComo o senhor avalia a campanha apodiense?
FLAVIANO MONTEIRO
– A campanha do Apodi é uma campanha histórica. O que está acontecendo em Apodi nunca aconteceu na história deste município, quando o povo decidiu e está decidindo apoiar, votar e eleger uma candidatura que partiu das bases. Os jovens, a nova geração do Apodi foi ousada, colocou uma candidatura diferente de um partido só, candidatura “puro-sangue”, e com discurso forte, com crédito social muito forte, agregado a outros fatores a esperança que o povo de Apodi tem de garantir uma cidade melhor. E estamos conseguindo garantir esse ideal com o apoio da população.
OM – Quais os principais problemas da cidade de Apodi na sua visão de candidato?
FM
– Nós, na verdade, temos grandes problemas detectados nas pesquisas para avaliação interna e também nas visitas. Nós andamos em mais de sete mil residências e conseguimos detectar três grandes problemas do Apodi: melhoria na área da saúde, desemprego e habitação. São três carências grandes no município, segundo os próprios moradores das sete mil residências que nós visitamos. Isso tem sido colocado de forma muito constante pelas pessoas que temos visitado.
OM – Quais os caminhos a serem seguidos para consolidar essas propostas?
FM
– Onde temos andado, temos ouvido das pessoas os problemas e temos deixado uma mensagem de esperança para todos os filhos do Apodi. Dizemos aos filhos do Apodi que nós vamos enfrentar os problemas de frente. Na área do desemprego, nós pretendemos atuar em três áreas. Estruturar um pólo ou parque industrial. Para isso, estivemos na Fiern, mostrando o plano de governo da gente e pedindo o apoio da Fiern para a consolidação desse parque. Estivemos no Sebrae, também pedindo apoio. Tanto na Fiern quanto no Sebrae buscamos apoio para a qualificação profissional e a busca pela concretização desse projeto que é o primeiro ponto, tentar atrair emprego para Apodi. Aqui nós temos um potencial econômico muito forte, e seria um dos passos, a geração de emprego. O outro é lutar pelo projeto de irrigação do Vale. Nós temos um projeto pronto destinado a irrigar três mil hectares a partir do uso da água da barragem de Santa Cruz. Cada hectare, segundo especialistas, gera dois empregos; só aí são seis mil. O terceiro ponto é apoiar o micro e o pequeno empresário de Apodi. Apoiar no ponto de vista estruturante, não no da prefeitura pegar os recursos e colocar dentro da empresa dele, mas com qualificação, melhoria, acesso. Nós temos pequenos empresários aqui na chapada do Apodi que na área de cal geram 50 empregos e falta infra-estrutura. Uma estrada de 500 metros de asfalto ou de paralelepípedo. Se nós vamos buscar o empresário externo, temos de apoiar também o empresário interno, porque ele gera emprego aqui. Vamos, aos poucos, dando condições para que ele possa efetivar o trabalhador e a trabalhadora. Então, são essas três áreas que nós pretendemos enfrentar. Apodi tem um potencial muito grande. Na barragem de Santa Cruz, fora o projeto de irrigação, nós temos a questão da piscicultura, criação de peixe em cativeiro. Temos um potencial muito forte. Podemos criar uma estação de alevinos, um cortume de couro de tilápia. Você pode tirar o couro da tilápia, fazer o filé, a lingüiça com o resto da carne que sobrou. Com a ossada se faz ração para alimentar o gado, para alimentar o próprio peixe, e temos um potencial muito grande. Vamos enfrentar esse problema da questão da geração de emprego. Vamos lutar em busca de soluções. Na questão de habitação, nós pretendemos colocar em prática a substituição de todas as casas de taipa do Apodi. Não justifica você morar na chapada do Apodi, onde tem calcário, gás natural, petróleo, terra fértil, água mineral, e você não ter uma casinha simples, uma casinha de conjunto, uma casinha para morar. Isso não justifica. Não justifica você morar em cima de riqueza e não ter as condições mínimas para sobrevivência. Nós vamos buscar botar no chão as casas de taipa do Apodi. Dois: construir novas moradias para quem não tem, usando o critério de quem não tem, sem favorecer A ou B porque votou conosco. O terceiro ponto são as melhorias habitacionais. Muitos têm a casinha, mas precisam de melhorias. Para isso, vamos buscar parcerias com o governo Lula, com o governo Wilma, para que juntos possamos melhorar a questão de habitação. Na questão da saúde, precisamos fortalecer e melhorar o atendimento médico. Tenho colocado que pretendemos criar algumas UBS (Unidade Básica de Saúde) nas localidades-pólo, colocando o PSF lá e dando assistência às localidades-pólo para desafogar a cidade. Isso seria o básico. Nos casos de média complexidade, temos de buscar onde tiver o atendimento e vamos ver se a gente faz um consórcio com as outras prefeituras próximas, com o objetivo de estruturar um hospital regional junto com o governo para que os pacientes não continuem sendo transportados por motivos simples. Precisamos que as coisas de média complexidade possam ser feitas aqui, deixando para outros centros apenas os casos de alta complexidade.
OM – Quais os caminhos a serem seguidos para consolidar essas propostas?
FM
– No campo da moradia tem a questão da Funasa, questão da casa de taipa. É só organizar os projetos e buscar em Brasília (DF). Inclusive, está locado para o próximo gestor mais de R$ 1 milhão para água, habitação e erradicação da casa de taipa. Na questão da moradia, para você construir novas residências, tem a parceria com a Caixa Econômica. O prefeito de Patu, por exemplo, fez cerca de 600 casas, Eugênio de Caraúbas está fazendo outras 400. Você tem de buscar. Onde é que tem os recursos? Como é que se fazem as parcerias? É com a Caixa? É com a emenda parlamentar? Nós temos que buscar, temos que combater esses problemas e criar as condições para solucionar. Na questão da saúde, o governo federal tem uma parceria muito forte com a questão das UBS, Mossoró mesmo tem "n" UBS, Unidade Básica de Saúde nas localidades, que é um posto de saúde moderno e que nós pretendemos instalar para garantir soluções de dia, de noite e de madrugada. Você conhece essa garra que nós temos de lutar por Apodi, os caminhos, os projetos, parcerias. Vamos atrás em Brasília, na Caixa Econômica, nas parcerias externas. Vamos colocar padre Theodoro dentro de um avião e ir para a Holanda atrás de recursos da ajuda humanitária, por exemplo. Sabemos que só com os recursos de Apodi nós não vamos concretizar essas propostas.
OM – O cenário político de Apodi passou por uma série de modificações recentes. A que o senhor atribui essa mudança?
FM
– Eu vejo como normal essas mudanças de cenário. São forças que surgem e que naturalmente buscam seu espaço, e esse grupo da nova geração já vinha muito forte dentro das instituições onde passaram e com uma visão maximizada de Apodi. Vejo com naturalidade essa conjuntura. Hoje, na política, ou você se moderniza ou vai ficando “enferrujado”. Você tem que acompanhar as discussões, acompanhar os momentos. Eu acho que nós fizemos o grupo dessa nova geração, que buscou naturalmente seu espaço, algo que deve ser entendido como bom para Apodi. Apodi é um exemplo até para o Estado. Nós temos que oportunizar as pessoas, os grupos, dar oportunidade a novas pessoas, a jovens, porque estimular o surgimento de liderança é muito difícil. Você sabe que surgir um líder em meio a mil jovens é muito difícil, o processo é muito seletivo, porque liderança não é para todo mundo. Você tem que ter vocação de líder. Então, nós temos que oportunizar as pessoas para que isso possa acontecer.
OM – Apodi tem uma das campanhas mais atípicas do Rio Grande do Norte. O senhor atribui esse cenário de disputa atípica a quê?
FM
– À própria comunidade apodiense, à sociedade. Eu vejo Apodi. Estou falando aqui até como sociólogo. O povo de Apodi se organizou, fez a sua parte e a classe política não se organizou. É dificil ter um município tão organizado quanto Apodi no ponto de vista de associação. Tem associação para todo gosto e essas unidades alimentam a discussão dos problemas. O trabalho do sindicato dos trabalhadores rurais, o fórum de entidades, a CDL se junta a essas associações e ao sindicato e levou uma confiança crítica aos quatro cantos do Apodi. Aliado ao governo Lula, que também ajudou muito nessa concretização do meu ponto de vista devido ao trabalho que se faz nos assentamentos, e aí o Apodi se preparou. Como a classe política não deu uma resposta do que o povo queria, a sociedade fez, e está aí o que o povo queria. O povo quer uma mudança construída pelas bases, pelos movimentos sociais.
OM
Qual a principal marca da sua campanha?
FM
Várias marcas. Mas, eu acho que é o corpo-a-corpo que temos feito. Uma mensagem sincera olho a olho, entrando nas residências. Esse corpo-a-corpo é muito forte, é uma marca nossa. A humildade e o respeito são outras marcas. Corpo a corpo, humildade e o respeito aos filhos do Apodi, dando liberdade para que eles decidam o que for melhor.
OM – Faltando poucos dias para a eleição, é possível afirmar que a disputa está decidida?
FM – Não. No meu entendimento, eleição é partida de futebol; só acaba quando as urnas estão abertas e o juiz termina o jogo. Não tem eleição ganha. Nós começamos com três, quatro pontos nas pesquisas. Hoje, estamos num patamar muito bom. Mas, a favorita é a nossa adversária, que no início da campanha, segundo o que comentavam, tinha uma soma de pontos muito acima da gente. Então, o favoritismo, no meu ponto de vista, ainda é da nossa adversária Gorete. Nós estamos muito bem, mas no meu entendimento, nós não temos nada ganho não. Temos que trabalhar, lutar, buscar, até o dia 5, às 17h, defendendo nossas idéias e buscando o voto do indeciso. Botando a militância na rua, porque nós só vamos dizer que a campanha está ganha quando terminar a apuração e der o resultado.
OMCaso seja eleito dia 5 de outubro, qual será o perfil da sua equipe e da sua administração?
FM – O perfil da administração da nova geração vai ser um perfil mesclado, técnico e político. Ele vai ser mais técnico e a administração vai ser de acordo com o discurso. O que nós fizemos nas residências, levando aquela mensagem de inclusão, nós vamos colocar em prática dentro da nossa gestão. O setor que precisar de pessoas mais técnicas vai ter essas pessoas lá, porque nós entendemos que você tem que andar, o coração da prefeitura tem que ser técnico, não podemos usar a irracionalidade dentro do setor público. A gente tem que ser racional, porque senão você não vai realizar, concretizar alguns de nossos sonhos.
Entrevista concedida ao Jornal O Mossoroense, em 02 de setembro de 2008.

6 comentários:

Anônimo disse...

Flaviano é uma pessoa inteligente,pessoa capaz de fazer o bem a cidade de Apodi,Flaviano eu acredito em voce rapaz!

Liciane Viana disse...

ESSE HOMEM É PAW DEMAIS..


TO COM ELE E NAO ABROO!!!

Maríllia Sousa disse...

Inteligência é pra poucos. ;)

TO COM ELE E NÃO ABRO!!! [2]

Larisse disse...

Esse homem mudou a cara de Apodi...Tbm tow com ele e ñ abro!

Anônimo disse...

10.771 pessoas que acreditaram em Flaviano estão com ele e não abrem. E vem as futuras novas gerações. Nos aguardem.

Anônimo disse...

Flaviano,pode contar com meu voto sempre,mas eu dou um conselho..você é limpo demais pra entrar nessa política suja,como é a da nossa cidade!!!

o povo nao quer mudança!

eu acredito em você Flaviano,agora Apodi nao tem mais jeito!